A propriedade
A propriedade, de 9 hectares, formada a partir de um conjunto de pequenos terrenos agrícolas que se iniciou em 1872, pertence desde então à mesma família que nela residiu até meados do século passado.
A antiga habitação, hoje inexistente, era construída em taipa, processo característico do Baixo Alentejo. Abóbodas assentavam sobre paredes deste material (terra batida) que revelou a sua fragilidade na sequência do sismo de Fevereiro de 1969 que assolou a zona Sul e Sudoeste de Portugal. Os proprietários decidiram então, com o apoio de um arquitecto, a construção de uma nova residência num local da Quinta com melhor horizonte e que constitui a actual habitação.
A moradia em 1972, na altura da sua conclusão.
A construção da actual moradia, projectada em 1970 pelo arquitecto Alfredo Mata Antunes, decorreu desde Fevereiro de 1971 até Junho de 1972. Este arquitecto inspirou-se no estilo desenvolvido em Portugal nos anos 50 e 60 do século XX pelo arquitecto Conceição Silva: a presença do branco contrastando com o betão à vista e com a madeira em tom natural quer no interior, quer no exterior.
No interior, em particular, os espaços largos e amplos são um elemento dominante, com um encontro de múltiplos planos que se intersectam permitindo diferentes entradas de luz. É um ambiente no qual não é alheia uma inspiração vinda de Frank Lloyd Wright, através da sua Casa da Cascata ou do cenário para a casa de Mount Rushmore, imortalizado por Alfred Hitchcock.
A moradia, em múltiplos pisos desnivelados, harmoniza-se com o declive suave do terreno e como que se vai descobrindo à medida que nela se entra. O hall principal está repleto de detalhes arquitectónicos singulares, como a escada de acesso ao piso superior ou a entrada para a sala. O piso principal prolonga-se para o exterior num terraço semicoberto e sobranceiro à paisagem circundante.
A casa de jantar é delimitada de um dos lados por uma janela panorâmica sobranceira à zona da piscina, construída entre Julho e Agosto de 2008. No escritório, encimado por uma abóboda ao estilo tradicional do Alentejo, bem como nos quartos, em número de cinco, vive-se um ambiente de aconchego que contrasta com a amplidão dos espaços comuns.
A zona de entrada, situada no mesmo nível, liga-se ao terraço através de uma ponte que separa os dois ambientes. A ampla sala de estar é composta por vários espaços, de onde se destaca a zona da lareira.
A região
A Vidigueira é actualmente uma terra de excelentes vinhos, tendo sido nomeada “Cidade do Vinho 2013” em Portugal. Tal se deve à existência de várias Adegas privadas no concelho que desenvolveram inúmeras marcas próprias que se tornaram famosas e podem ser visitadas (Cortes de Cima, Quetzal) bem como a Adega Cooperativa.
Uma fantástica mistura dos sabores da gastronomia alentejana, com o toque moderno de cozinha de autor e acompanhado pelos vinhos locais, pode ser apreciada no Restaurante Quinta do Quetzal e no Restaurante da Adega – Ribafreixo. Ambos estão imersos nas suas vinhas, onde são colhidas as uvas para os seus vinhos.
Numa vertente mais típica e tradicional e de reencontro com as técnicas milenares de produção do Vinho da Talha, no centro da aldeia de Vila de Frades encontra-se a Adega Típica País das Uvas. Também a Adega Cooperativa inaugurou recentemente o espaço dedicado a esta tradição, a Casa das Talhas.
A região circundante é excelente para incursões quer de autómovel por estrada asfaltada, quer todo-o-terreno (4×4) quer BTT.
A Barragem de Alqueva situa-se a 25 km e a de Pedrogão, a jusante está a 18 km. Incursões podem ser feitas num acidentado sobe-e-desce da Serra do Mendro de onde surgem por vezes vistas espectaculares ou através da planície que se estende para Sul.
Existem pontos de vista notáveis como o topo da Serra do Mendro do qual se avistam as cidades de Beja com a sua torre de menagem, Évora, bem como Serpa e, nos dias claros, a Serra de Mértola.
